sábado, 27 de julho de 2013

Parte de pai

Eu sei que na infância fui mais carinhosa, mais humana, mais você.
Eu ainda sou uma garotinha, que desconhece a maturidade e acha que pode ganhar tudo no grito.
Com o coração quebrantado e alma perfurada, me despeço.
Não vou te visitar, nem se quer vou no teu enterro.
Quero distância da morte, ela me assusta e me acompanha todos os dias.
E não vou chorar pela sua partida. Eu raramente choro pela morte de alguém.
Deixo claro também, que a culpa não é minha, porém, a infância me deixou marcas.
Eu sei que não vai me esquecer. Você esqueceu de todos e lembrou daquela que te deixou quando você mais precisou. Me perdoe.
Não sei se vamos nos encontrar de novo.
Descanse em paz. Vá em paz. Seja a paz.
Sentirei sua falta.
Bênção vô.

Nenhum comentário:

Postar um comentário