Eu
gritei. Cantei. Louvei. Chorei. Me exaltei.
Berrei
ao mundo o meu modo de pensar.
Deixei
claro todos os meus defeitos.
Fui
ignorada.
Diziam
acreditar, apenas para me classificar.
Desisti.
Aceitei
os fatos, engoli a culpa e abracei o inimigo.
Me
fiz em cacos, mas ninguém montou.
Hoje
peço perdão a minha vida, que tanto aguentou por nada.
Chega
de tormento.
Haverá
sossego.
Decidi
apagar a minha história.
Minhas
pegadas serão esquecidas, devido ao inchaço dos meus pés.
Meus
textos serão rejeitados, por não saberem quem realmente sou.
Minha
garganta foi decepada, queimada e hoje não tenho voz.
No
mundo em que me encontro, estou morta, porém, viva.
Deixo
para vocês cada parte do meu corpo espalhado pela cidade.
Deixo
também esta linda melodia em forma de protesto , que se chama silêncio.
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