segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Dos olhares inquietos.

De fato, o mundo sequer saiu do lugar. A vida continua pacata, a grama continua verde e ao meu redor apenas esboços. Prefiro que seja assim, disfarçado, pobre, quase despercebido. Pois um dia tive o mundo em minhas mãos e em questão de segundos ele me consumiu a seco. Das dores sentidas, marcas só se for de abandono. Eu me abandonei. Talvez essa ânsia de querer cuidar de todas as almas de uma só vez fosse egoísmo. Impossível amar quando a vida te ensina exatamente o que não é amor. Foge dos meus olhos esses sorrisos magros, nutridos de suor. Eu sei que cansa, eu sempre soube.
Meu menino, é inútil querer, e não saber amar. Posso parecer forte, mas na verdade sou como você. A diferença é que eu consigo viver só.