domingo, 7 de junho de 2015

Só mais um domingo.

Fico ali. Imersa. Em moléculas, em qualquer lugar.
De todas as mortes dolorosas, essa é a mais precoce. E nessa transparência que me estraçalha o peito e dilacera órgãos, me vejo em reflexos turvos em água desiquilibrada. Na sua leveza fui pesada. E as palavras pesam, não há bóias que façam emergir. Me afundo na fúria da quietação, com partículas quebradas. Sem saber. Inunda o vazio. No teu sal me visto espessa, e me apego, me arrebento, me descuido. E meus pulmões enchem de água. Água negra, água ácida. Mergulho em anseios, e o corpo se debate, luta.
E fico ali, imersa.

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