Nunca estive ali, era colorido.
Foi quase impossível não sentir.
Cheirava mato, flores, brisa, sol.
Até um gosto perdido de algo doce, cereja talvez.
As aves aventuravam-se nas piruetas em queda livre.
O som do vento viciante sibilava palavras de conforto.
Era onde eu queria estar.
Sentada, sentindo e suspirando.
Ficar inativa, sem perspectiva.
Não estava sozinha.
Apesar do silêncio constante que havia viciado ambos.
Ele vestia azul.
Não me tocou, nem me encarou.
Permaneceu ali, distante e forasteiro.
Recluso em qualquer pensamento.
Menos em mim.
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